Na Arqgen, quem assina o projeto de arquitetura é o algorítimo
Startup nasceu para atender a uma demanda da área de agências do Bradesco, reduzindo para segundos um trabalho que era feito em 28 dias.
Software de arquitetura que permite fazer em segundos o trabalho que um escritório de arquitetura faria em um mês, a Arqgen passa incólume pela crise das startups, que vive a ressaca do dinheiro fácil dos tempos de juros baixos.
Nascida a partir de uma demanda do Bradesco, com quem firmou um contrato de 3 anos, a Arqgen vai mais do que dobrar o faturamento este ano com a entrada de novos clientes como Cyrela e Scala Data Centers.
A startup também foi selecionada para um programa de crescimento do fundo de venture capital de Cingapura Ethaum, focado em B2B, que avaliou o negócio em US$ 2,6 milhões. O programa vai permitir à Arqgen se internacionalizar com clientes nos EUA — além de realizar sua primeira captação até o fim do ano.
A Arqgen foi fundada pelos arquitetos Thomas Yulki Takeuchi e Alexandre Kuroda (foto), em sociedade com os fundadores da startup InstaCasa. Os dois arquitetos possuem mestrado em tecnologia e inteligência artificial. Alexandre trabalhou no escritório da Zaha Hadid em Londres, cujo sócio, Patrik Schumacher, é um dos pioneiros da arquitetura paramétrica — que faz uso de inteligência artificial para criar novas formas.
O software da Arqgen se baseia no conceito de arquitetura generativa, onde a criação se dá em co-autoria com os algorítimos. Mas o Arqgen não substitui o trabalho criativo. Com o uso de inteligência artificial, ele permite criar novos projetos a partir do projeto original, obedecendo a parâmetros pré-estabelecidos. — A gente organiza coisas no espaço, independentemente da escala. Pode ser um mouse na mesa, um móvel na sala, uma torre em um terreno ou um lote dentro de uma gleba — diz Thomas. — Parece simples, mas essa organização espacial pode ser muito complexa.